CARTA ABERTA | "O silêncio estratégico de um rompimento. Nós escolhemos falar."
Rompidos politicamente — como já é de conhecimento geral nos corredores da política mariense —, a atual prefeita Lucinha da Saúde e o ex-prefeito Antônio Gomes vivem hoje em lados opostos de uma mesma história.
Curiosamente, trata-se de um dos segredos mais públicos da cidade — sussurrado em cada canto, discutido em cada grupo político e, ainda assim, solenemente ignorado por quase toda a imprensa local.
A maioria dos veículos, com honrosas exceções, parece sofrer de uma espécie de amnésia editorial seletiva. Preferem fingir que nada acontece, como se o silêncio fosse escudo suficiente para protegê-los de desagrados com a máquina pública. No lugar de manchetes, silêncio. No lugar de apuração, conveniência. E assim segue a imprensa mariense: acovardada, tímida e, muitas vezes, cúmplice — ainda que pelo silêncio.
Mas, senhores leitores, caros marienses, é fato: a prefeita e o ex-prefeito estão rompidos politicamente. Não se iludam.
Toda a estrutura do governo sabe. Toda a classe política já comenta — nos bastidores e até nos cochichos de corredores. A dúvida que paira é: quem vai falar primeiro?
Lucinha, com sua 'caneta afiada' e 'comando direto' sobre a máquina pública? Ou Antônio, estrategista veterano, que conhece como poucos o xadrez político da cidade?
O que chama atenção — e beira o desrespeito — é o silêncio de ambos diante de seus eleitores, aliados e da própria sociedade. Enquanto a base que os sustenta especula e se divide, os líderes permanecem mudos, como se não devessem satisfações a ninguém. Esquecem que foram eleitos (ou eleita e apoiado) para representar um projeto coletivo — e não para fazer da política um jogo de interesses pessoais.
Nos bastidores, o clima é de tensão. Já se fala em possíveis exonerações (todos aflitos) e movimentos estratégicos que podem redesenhar o núcleo do poder municipal. Nada confirmado — ainda. Mas, se o silêncio persistir, os atos falarão por si.
E aqui está o ponto central:
Lucinha da Saúde e Antônio Gomes precisam parar de se esconder. O rompimento é real e o silêncio de ambos é um desrespeito com o povo de Mari.
Enquanto nenhum dos dois tem coragem de assumir, a gestão emperra, servidores se confundem, decisões travam e a cidade paga o preço por uma disputa de vaidade.
Quem pediu voto tem que dar resposta. Quem governa ou já governou tem que se posicionar. O povo merece clareza, não jogos de bastidor. Mari não pode mais ser refém desse silêncio covarde.
Atenciosamente,