QUANDO A HUMILDADE VIRA PECADO E A AJUDA INCOMODA: LUCINHA REAGE COM RESPONSABILIDADE E É ATACADA POR FAZER AS ESCOLHAS CERTAS
Na manhã desta quinta-feira (03), um radialista da Rádio Cultura FM de Guarabira tentou transformar um gesto legítimo e necessário da prefeita Lucinha da Saúde em um ato de ruptura política dramática — tudo porque ela ousou buscar ajuda onde há competência, experiência e lealdade institucional.
Ao comentar a nomeação de Manuel Batista como assessor executivo do Gabinete e de Marcos Sales como coordenador de Comunicação Institucional, o apresentador não escondeu o desconforto: “Lucinha está mal assessorada”, disse. E mais: afirmou que o ex-prefeito Antônio Gomes “sofreu nas mãos” dos dois novos assessores.
Mas… sofreu de quê, exatamente?
É justamente essa a pergunta que precisa ser feita. Porque, diferente da narrativa tendenciosa, Manuel Batista nunca respondeu a qualquer processo ou denúncia durante o período em que ocupou cargos estratégicos na gestão de Antônio Gomes. Ao contrário: foi chefe de gabinete, assessor executivo e secretário de Cultura, sempre agindo com discrição, técnica e responsabilidade — inclusive evitando dores de cabeça para o então prefeito e até para seu filho, que presidiu a Câmara Municipal.
Já Marcos Sales, suplente de vereador por duas eleições consecutivas, professor e radialista com forte identidade popular, foi chefe de gabinete do vereador Marconi Paiva em João Pessoa, além de militante histórico nas causas sociais e na comunicação comunitária. Ou seja, ninguém caiu de paraquedas no cargo. Os dois têm currículo, lastro e legitimidade para estar onde estão.
Lucinha, desde que assumiu, tem enfrentado um cerco político, boicotes internos, sem maioria na Câmara, 3 secretários convocados a prestar esclarecimentos, além de ataques à sua autoridade por parte de quem deveria tê-la apoiado por lealdade ao projeto político que a levou ao poder. Dizer que ela está “mal assessorada” por nomear pessoas técnicas e comprometidas é ignorar o óbvio: ela finalmente está se cercando de quem quer ajudá-la de verdade.
Diferente de quem sugere que a prefeita “deveria ouvir Antônio Gomes”, talvez o questionamento mais honesto fosse: por que Lucinha não quer mais ouvir Antônio? Porque, talvez, ela esteja se dando conta de que o laço que hoje a prende à crise tenha sido amarrado justamente por quem deveria tê-la protegido.
Lucinha procurou Manuel Batista com humildade, mesmo sabendo que ele não votou nela. Procurou quem tem conhecimento de causa e disposição para ajudá-la a sair do sufoco. E foi atendida. Isso não é fraqueza — é atitude republicana. E, para alguns, talvez seja justamente isso que incomoda: ver uma mulher pública admitindo onde errou, recomeçando e chamando para perto quem pode contribuir.
Quanto ao radialista que afirma que “Antônio sofreu com eles”, seria interessante que o próprio ex-prefeito viesse a público confirmar que tipo de sofrimento foi esse. Porque até aqui, o que está claro é que quem de fato tem sofrido é Lucinha — e talvez ela finalmente esteja aprendendo com isso.
O tempo agora é de reconstrução. E, para isso, é preciso saber quem ajuda e quem atrapalha. Lucinha parece estar começando a descobrir a diferença. E, pelo visto, isso tem tirado o sono de muita gente.
-(Manuel Batista)